18 de outubro de 2007

VENEZUELA: EUA teme rearmamento no país

Um funcionário norte-americano afirmou, nessa terça-feira (16), que teme as compras militares de Caracas, pois elas podem provocar uma corrida armamentista na região. Essa declaração, segundo as agências DPA e AFP, pode complicar ainda mais as tensas relações entre os EUA e a Venezuela.

O vice-assistente do secretário de Defesa norte-americano para o hemisfério ocidental, Stephen Johnson, advertiu que é preciso vigiar a quantidade de armas que a Venezuela está comprando. O comentário teve como fundamento um balanço realizado pelo secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, em recente viagem à América Latina. Cuba e Venezuela são "hostis à democracia de mercado ao estilo ocidental do EUA", definiu Johnson. Afirmou também que seus governos "estão tentando se opor ativamente" à influência norte-americana na região. A declaração de Johnson segue a linha da realizada por Gates durante sua turnê pela região, na qual qualificou Hugo Chávez (presidente venezuelano) de "ameaça" para a prosperidade de seus cidadãos.

Bolivia e Equador também foram citados como "desafiantes" aos EUA pelo funcionário. Reconheceu também que Venezuela "tem o direito de defender-se", mas assegurou que as armas que estava comprando eram muito mais sofisticadas" do que as de outros países do continente, e em número bem superior ao que necessita para esse fim.

Chávez, por sua vez, contestou que tentará defender seu aliado Irán se os EUA decidem lançar uma operação armada contra Teherán pelo seu polémico programa nuclear, algo que não foi descartado totalmente pela Casa Branca.

(Equipe Arko América Latina - americalatina@arkoadvice.com.br)

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